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Troféu Cacto de Ouro

A dificuldade cinematográfica no Brasil seja na produção de um festival ou mostra, seja na concepção de uma obra audiovisual se iguala em tudo ao cacto, do grego Κακτος kaktos, a planta é caracterizada por ter grande quantidade de espinhos e se desenvolver geralmente em regiões secas, sobrevivendo a longos períodos sem chuva. No mundo audiovisual também passamos longos períodos de seca – falta de patrocínio – mas os profissionais dessa área adaptaram-se a resistir e a produzir, mesmo em tempos difíceis, gerando flores e frutos tão belos quando as do cacto.

Estando espalhados por todas as regiões do mundo, existem hoje cerca de duas mil espécies catalogadas, trezentos só no Brasil. Habitando em diversos lugares como florestas, encostas de praias, desertos, montanhas. Assim os produtores e artistas de cinema se espalham aos milhares sobrevivendo à duras penas nos mais diferentes territórios, favelas, comunidades, Pontos de Cultura, grandes metrópoles transformando ambientes hostis em berçários de diretores, atores, roteiristas e outros tantos de profissionais que como o cacto, que é formado milagrosamente de 92% de água, são formados de 100% de persistência, competência e talento.

E foi o cacto, essa planta que tanto se enquadra na atmosfera cinematográfica, que o Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões escolheu como troféu Cacto de Ouro para se tornar representante de toda essa força que os profissionais da área necessitam ter para sobreviver, brilhando como o reluzente encanto do ouro, tão característico de nossa terra.